Já a história da Pampulha como existe hoje, o complexo arquitetônico e a Lagoa, remete ao fim dos anos 30, quando foi construída uma barragem de mais de 15 quilômetros de perímetro para servir de reservatório de água de Belo Horizonte, então com cerca de 150 mil habitantes. Em 1943 é inaugurado todo o conjunto arquitetônico da região.
Em 1954, ocorre o rompimento da barragem ocasionando o esvaziamento da lagoa. Tudo se iniciou com o aparecimento de um vazamento que foi aumentando gradativamente. Técnicos da época tentaram abrir as cinco comportas, mas elas se encontravam emperradas. As áreas vizinhas tiveram que ser evacuadas de modo a evitar maiores danos. Com o rompimento boa parte da região foi alagada por 18 milhões de metros cúbicos de água causando prejuízos incalculáveis ainda que o acidente não tenha provocado vítimas. Em 1958, a barragem é reconstruída com o dobro da largura anterior. Mesmo assim, cinco anos após a reinauguração da barragem, outro rompimento quase ocorre devido a um problema na comporta principal.
Os aguapés e o assoreamento continuam a amaldiçoar a Lagoa. Em 1987, 15 milhões de metros cúbicos de terra são retirados da lagoa, o que dá uma idéia do nível de assoreamento então presente. Nova dragagem é feita e são formadas as ilhas 2 e 3, que juntas à primeira, somam 35 hectares. É realizado um monitoramento constante para se evitar nova proliferação dos aguapés.
Em 1994, a prefeitura de Belo Horizonte lança o plano diretor “Programa Pampulha” visando a melhoria da condição ambiental da Bacia da Pampulha, que contemplava vários tipos de programas contra o assoreamento, contaminação do esgoto, sistema de monitoramento e outros. A partir de então, cada vez mais são elaborados programas e projetos que buscam junto à população a conscientização necessária para que este lindo cartão postal de “BH” e excelente área de lazer possa ser reviver os anos áureos de sua gênese.
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