O que é?
A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo, procedentes tanto de residências como de atividades públicas e processos industriais. Todos esses materiais recebem a denominação usual de lixo, sua eliminação e possível reaproveitamento são um desafio para as sociedades modernas.
Entretanto, se mudarmos esse conceito tradicional para "aquilo que ninguém quer ou que não tem valor" percebemos que muito pouco pode ser realmente chamado de lixo. Essa alteração de conceito pode levar à uma mudança de comportamento com um menor desperdício e maior reutilização, ajudando à solucionar o grave problema atual enfrentado pelas sociedades com o excesso de lixo.
Problemas
Diversos tipos de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos) são gerados nos processos de extração de recursos naturais, transformação, fabricação ou consumo de produtos e serviços. Esses resíduos passam a ser descartados e acumulados no meio ambiente representando uma ameaça à vida por três razões:
- Falta de lugar para armazenamento;
- Servem como abrigo a animais vetores de diversas doenças que atingem o homem;
- Pela poluição dos solos e água. As substâncias componentes da maior parte do lixo são tóxicas e, constantemente, passam da superfície para o subsolo, onde vão contaminar as águas e o solo.
Das mais de oitenta mil toneladas de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, apenas a metade é coletada. Esse lixo contém de setenta a oitenta por cento de matéria orgânica em decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos epidêmicos.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE LIXO:
- Lixo seco: engloba os resíduos compostos por papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, isopor, parafina, cerâmicas, porcelanas, espumas, cortiças e etc.
- Lixo molhado: engloba os resíduos composto por restos de comida, alimentos estragados, cascas e bagaços de vegetais, etc.
- Lixo orgânico: engloba os resíduos composto por toda matéria orgânica descartada, como os restos de alimentos, borra de café, folhas e galhos de árvores, pêlos de animais, cabelo humano, papel, madeira, tecidos, etc.
- Lixo inorgânico: resíduos compostos por matéria inorgânica como os metais e os materiais sintéticos.
Porém, existe também uma classificação mais detalhada do lixo quanto a sua tipologia.
- Lixo urbano (que é subdividido em):
- Domiciliar: aquele produzido nos bairros residenciais. Compõem-se principalmente de materiais orgânicos, como restos de alimento, e o restante de materiais recicláveis, como latas de alumínio, plástico, papel, vidro e uma grande diversidade outros itens. Além de alguns resíduos que podem ser tóxicos.
- Comercial: varia de acordo com a atividade desenvolvida no estabelecimento de origem. Nos escritórios, o lixo gerado predominantemente é o papel, enquanto que em bares, restaurantes, lanchonetes, supermercados, feiras e hotéis, o lixo orgânico predomina.
- Público: é o resíduo originado das atividades de limpeza pública urbana, incluindo-se todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza da praias, galerias, córregos, terrenos e áreas de feiras livres. É composto por papéis, terra, restos de vegetais diversos, embalagens e outros materiais.
- Lixo agrícola: é o resíduo resultante das atividades agrícolas. É composto, basicamente, de embalagens de adubos, defensivos agrícolas, estrume, restos de ração e colheita. Resíduos como as embalagens de defensivos agrícolas, o estrume produzido em atividades de criação intensiva, merecem um tratamento adequado.
- Lixo especial: pelo fato de apresentar características especiais, passa a merecer uma atenção diferenciada no seu acondicionamento, transporte, manipulação e disposição.
- Lixo industrial: composto pelos resíduos sólidos produzidos nos processos industriais. Pode ser de natureza idêntica aos resíduos domiciliar (só que produzidos em larga escala), ou subprodutos que servirão de matéria prima para outros processos industriais. Os que oferecem qualquer risco ao meio ambiente e à saúde da população assim como os resultantes do tratamento dos efluentes dos resíduos, liquido e gasoso, merecem tratamento especial.
- Lixo hospitalar: proveniente dos hospitais, centros cirúrgicos, ambulatórios, postos médicos, consultórios, clínicas, farmácias e laboratórios. Constituído por materiais perfuro-cortantes (agulhas descartáveis, lâminas de bisturi), contaminados com sangue e secreções, meios de cultura e restos cirúrgicos. É muito perigoso e pode transmitir doenças facilmente. Deve ser esterilizado e depositado em valas sépticas de aterros sanitários ou incinerado.
- Lixo radioativo: formado por rejeitos radioativos provenientes dos serviços de saúde e das atividades industriais. É matéria regida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.
- Lixo verde: proveniente de podas e cortes de árvores, limpeza de praças, bosques e da capinação de terrenos. São galhos, troncos e folhas. Pode ser triturado e utilizado na produção de composto orgânico, utilizado na adubação e produção de mudas em viveiros ou até mesmo em hortas comunitárias.
- Entulhos: resíduos da construções civil. Composto por materiais de demolições, solos de escavações diversas, tijolos, telhas, restos de cimento, concreto e outros materiais. É geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento, mas pode conter uma vasta gama de materiais que lhe conferem toxicidade, como os restos de tintas e de solventes, peças de amianto e metais diversos. É utilizado inadequadamente para tapar buracos e erosões, mas pode ser reciclado em usinas especiais que trituram o material e produzem um tipo de solo-cimento usado na fabricação de casas populares. O lixo proveniente de portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários também merecem cuidados especiais (medida de controle e prevenção contra a introdução de agentes causadores de doenças ou epidemias).
Soluções
As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo são os centros de triagem, as usinas de reciclagem, usinas de compostagem, a incineração e a deposição em aterros. Porém, algumas delas, como a incineração e os aterros sanitários, têm efeito poluidor emitindo fumaça ou produzindo fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água.
Atualmente, por causa da falta de locais para a deposição adequada do lixo têm-se falado muito na reciclagem, uma forma de reaproveitar estes resíduos, economizando MATÉRIA PRIMA, ENERGIA, TRANSPORTE e gerando EMPREGOS nestas atividades.
É importante lembrar a filosofia dos 3 R's -reduzir, ,reutilizar e reciclar-, fortalecendo a idéia de que a reciclagem se encontra em terceiro lugar na lista dos comportamentos relativos ao problema do lixo.
A reciclagem implica em um prolongamento da utilidade dos recursos naturais, reduzindo assim, o volume do lixo. Entretanto, reduzindo e reutilizando se evitará que maior quantidade de produtos se transformem em lixo.
A produção do lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista que tende a acabar com o desperdício, o consumismo e investir no máximo reaproveitamento dos resíduos.
Fonte: http://www.pampulhalimpa.org/
A história da Lagoa da Pampulha e de seu conjunto arquitetônico tem duas origens: à do seu nome e a da sua própria existência. O nome “Pampulha” tem origem lusitana, referindo-se ao bairro Pampulha da capital portuguesa, pois aqueles portugueses que vieram para Belo Horizonte, antes mesmo da inauguração da cidade, resolveram matar saudade da terrinha nomeando o latifúndio que possuíam de Pampulha. O nome em si significa “campo de pedra”.
Já a história da Pampulha como existe hoje, o complexo arquitetônico e a Lagoa, remete ao fim dos anos 30, quando foi construída uma barragem de mais de 15 quilômetros de perímetro para servir de reservatório de água de Belo Horizonte, então com cerca de 150 mil habitantes. Em 1943 é inaugurado todo o conjunto arquitetônico da região.
No início da década seguinte, quando a cidade já tinha os 200 mil moradores para os quais fora planejada em 1897, o prefeito Juscelino Kubitschek decidiu fazer loteamentos na região e criar um bairro, ampliando a área urbana. Pode-se dizer que a partir deste momento o futuro da Lagoa fica comprometido. Nos anos 50, os habitantes da cidade começaram a ocupar desordenadamente a sua bacia, formada por 40 córregos e seu reservatório foi seriamente prejudicado. Sedimentos, lixo e muito esgoto deixaram a água imprópria para uso e lazer.
Em 1954, ocorre o rompimento da barragem ocasionando o esvaziamento da lagoa. Tudo se iniciou com o aparecimento de um vazamento que foi aumentando gradativamente. Técnicos da época tentaram abrir as cinco comportas, mas elas se encontravam emperradas. As áreas vizinhas tiveram que ser evacuadas de modo a evitar maiores danos. Com o rompimento boa parte da região foi alagada por 18 milhões de metros cúbicos de água causando prejuízos incalculáveis ainda que o acidente não tenha provocado vítimas. Em 1958, a barragem é reconstruída com o dobro da largura anterior. Mesmo assim, cinco anos após a reinauguração da barragem, outro rompimento quase ocorre devido a um problema na comporta principal.
A Lagoa passou um bom tempo sem receber os cuidados adequados. A avenida que a circunda estava abandonada e a lagoa assoreada e iniciava-se a invasão dos aguapés. No ano de 1980 a COPASA desativa estação de tratamento que era mantida na lagoa por causa do alto nível de contaminação presente na água. No fim deste mesmo ano é feita a primeira dragagem na Lagoa, e os detritos provenientes desta dragagem forma a ilha 1, em frente a Toca da Raposa. Em 1985 o volume de água já se encontra nos 14 milhões de metros cúbicos de água.
Os aguapés e o assoreamento continuam a amaldiçoar a Lagoa. Em 1987, 15 milhões de metros cúbicos de terra são retirados da lagoa, o que dá uma idéia do nível de assoreamento então presente. Nova dragagem é feita e são formadas as ilhas 2 e 3, que juntas à primeira, somam 35 hectares. É realizado um monitoramento constante para se evitar nova proliferação dos aguapés.
Em 1994, a prefeitura de Belo Horizonte lança o plano diretor “Programa Pampulha” visando a melhoria da condição ambiental da Bacia da Pampulha, que contemplava vários tipos de programas contra o assoreamento, contaminação do esgoto, sistema de monitoramento e outros. A partir de então, cada vez mais são elaborados programas e projetos que buscam junto à população a conscientização necessária para que este lindo cartão postal de “BH” e excelente área de lazer possa ser reviver os anos áureos de sua gênese.
A bacia da Pampulha integra a bacia do Ribeirão do Onça, que deságua no Rio das Velhas. Sua área abrange 97km², sendo 44% em Belo Horizonte e 56% em Contagem. Oito afluentes deságuam na lagoa.
A Lagoa da Pampulha é hoje um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, se destacando por sua bela paisagem arquitetônica, cultural e paisagística. O nome "Pampulha" tem origem lusitana, referindo-se ao bairro Pampulha da capital portuguesa, pois estes quando vieram para Belo Horizonte, antes mesmo da inauguração da cidade, resolveram matar saudade da "terrinha" nomeando o latifúndio que possuíam de Pampulha. O nome em si significa "campo de pedra".
Construída em 1936, a lagoa tinha como objetivos iniciais ampliar o abastecimento de água na região norte de Belo Horizonte e amenizar os efeitos das chuvas que causavam inundações.
Na década de 40, o então prefeito Juscelino Kubitschek implementou um importante acervo arquitetônico e paisagístico na orla da lagoa. As diversas obras de Oscar Niemeyer, como a Igreja de São Francisco de Assis, a casa do Baile, o Cassino e o Iate Tênis Clube constituíram o Complexo Arquitetônico da Pampulha. Mais tarde somaram-se o Estádio de Futebol "Mineirão" (1965), o Ginásio "Mineirinho", o Jardim Zoológico e o CEPEL - Centro de Preparação Eqüestre da Lagoa. A orla da lagoa tornou-se, então, um grande centro turístico para a cidade de Belo Horizonte, por unir lazer e cultura.
Nos anos 50, os habitantes da cidade começaram a ocupar desordenadamente a bacia da Pampulha (formada por 40 córregos) e a lagoa sofreu um grande e veloz processo de degradação. Esse crescimento urbano desordenado acarretou a impermeabilização do solo em diversas áreas devido, por exemplo, ao asfaltamento e à ocupação de encostas. Além disso, as chuvas carrearam terra de obras e áreas desmatadas para dentro da lagoa, que ficou sobrecarregada. Sedimentos, e muito esgoto deixaram a água imprópria para consumo e lazer. Outro grande problema registrado é o acúmulo de lixo nas margens da lagoa.
Em 1954, ocorre o rompimento da barragem ocasionando a diminuição do volume de água da lagoa. Tudo começou com o aparecimento de um vazamento que foi aumentando gradativamente. Técnicos da época tentaram abrir as cinco comportas, mas elas se encontravam emperradas. As áreas vizinhas tiveram que ser evacuadas de modo a evitar maiores danos. Com o rompimento, boa parte da região foi alagada, causando prejuízos incalculáveis ainda que o acidente não tenha provocado vítimas. Esse rompimento ocasionou a diminuição do volume de água de 18 milhões para 13 milhões de metros cúbicos.
Em 1958, a barragem é reconstruída com o dobro da largura anterior. Mesmo assim, cinco anos após a reinauguração da barragem, outro rompimento quase ocorreu devido a um problema na comporta principal.
A Lagoa passou um bom tempo sem receber os cuidados adequados. A avenida que a circunda estava abandonada e iniciava-se a invasão dos aguapés na lagoa.
Soluções
Em 1994, a prefeitura de Belo Horizonte lança o plano diretor "Programa Pampulha" visando à melhoria da condição ambiental da Bacia da Pampulha, que contemplava vários tipos de programas contra o assoreamento, contaminação do esgoto, sistema de monitoramento e outros.
Um desses programas é o PROPAM - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - que tem como frente de ativação o saneamento da bacia, a recuperação da lagoa e a gestão ambiental. Segundo o gerente do PROPAM de Belo Horizonte, Weber Coutinho, a lagoa poderá ter apenas mais 10 ou 15 anos de vida devido à redução do volume de água, que hoje é de 9 milhões de metros cúbicos, ou seja, metade dos 18 milhões originais.
Fonte: http://www.pampulhalimpa.org/