A Lagoa da Pampulha é hoje um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, se destacando por sua bela paisagem arquitetônica, cultural e paisagística. O nome "Pampulha" tem origem lusitana, referindo-se ao bairro Pampulha da capital portuguesa, pois estes quando vieram para Belo Horizonte, antes mesmo da inauguração da cidade, resolveram matar saudade da "terrinha" nomeando o latifúndio que possuíam de Pampulha. O nome em si significa "campo de pedra".
Construída em 1936, a lagoa tinha como objetivos iniciais ampliar o abastecimento de água na região norte de Belo Horizonte e amenizar os efeitos das chuvas que causavam inundações.
Na década de 40, o então prefeito Juscelino Kubitschek implementou um importante acervo arquitetônico e paisagístico na orla da lagoa. As diversas obras de Oscar Niemeyer, como a Igreja de São Francisco de Assis, a casa do Baile, o Cassino e o Iate Tênis Clube constituíram o Complexo Arquitetônico da Pampulha. Mais tarde somaram-se o Estádio de Futebol "Mineirão" (1965), o Ginásio "Mineirinho", o Jardim Zoológico e o CEPEL - Centro de Preparação Eqüestre da Lagoa. A orla da lagoa tornou-se, então, um grande centro turístico para a cidade de Belo Horizonte, por unir lazer e cultura.
Nos anos 50, os habitantes da cidade começaram a ocupar desordenadamente a bacia da Pampulha (formada por 40 córregos) e a lagoa sofreu um grande e veloz processo de degradação. Esse crescimento urbano desordenado acarretou a impermeabilização do solo em diversas áreas devido, por exemplo, ao asfaltamento e à ocupação de encostas. Além disso, as chuvas carrearam terra de obras e áreas desmatadas para dentro da lagoa, que ficou sobrecarregada. Sedimentos, e muito esgoto deixaram a água imprópria para consumo e lazer. Outro grande problema registrado é o acúmulo de lixo nas margens da lagoa.
Em 1954, ocorre o rompimento da barragem ocasionando a diminuição do volume de água da lagoa. Tudo começou com o aparecimento de um vazamento que foi aumentando gradativamente. Técnicos da época tentaram abrir as cinco comportas, mas elas se encontravam emperradas. As áreas vizinhas tiveram que ser evacuadas de modo a evitar maiores danos. Com o rompimento, boa parte da região foi alagada, causando prejuízos incalculáveis ainda que o acidente não tenha provocado vítimas. Esse rompimento ocasionou a diminuição do volume de água de 18 milhões para 13 milhões de metros cúbicos.
Em 1958, a barragem é reconstruída com o dobro da largura anterior. Mesmo assim, cinco anos após a reinauguração da barragem, outro rompimento quase ocorreu devido a um problema na comporta principal.
A Lagoa passou um bom tempo sem receber os cuidados adequados. A avenida que a circunda estava abandonada e iniciava-se a invasão dos aguapés na lagoa.
Soluções
Em 1994, a prefeitura de Belo Horizonte lança o plano diretor "Programa Pampulha" visando à melhoria da condição ambiental da Bacia da Pampulha, que contemplava vários tipos de programas contra o assoreamento, contaminação do esgoto, sistema de monitoramento e outros.Um desses programas é o PROPAM - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - que tem como frente de ativação o saneamento da bacia, a recuperação da lagoa e a gestão ambiental. Segundo o gerente do PROPAM de Belo Horizonte, Weber Coutinho, a lagoa poderá ter apenas mais 10 ou 15 anos de vida devido à redução do volume de água, que hoje é de 9 milhões de metros cúbicos, ou seja, metade dos 18 milhões originais.
Fonte: http://www.pampulhalimpa.org/
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