segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que é o lixo?


O que é? 

A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo, procedentes tanto de residências como de atividades públicas e processos industriais. Todos esses materiais recebem a denominação usual de lixo, sua eliminação e possível reaproveitamento são um desafio para as sociedades modernas.

Entretanto, se mudarmos esse conceito tradicional para "aquilo que ninguém quer ou que não tem valor" percebemos que muito pouco pode ser realmente chamado de lixo. Essa alteração de conceito pode levar à uma mudança de comportamento com um menor desperdício e maior reutilização, ajudando à solucionar o grave problema atual enfrentado pelas sociedades com o excesso de lixo.

Problemas

Diversos tipos de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos) são gerados nos processos de extração de recursos naturais, transformação, fabricação ou consumo de produtos e serviços. Esses resíduos passam a ser descartados e acumulados no meio ambiente representando uma ameaça à vida por três razões:
  • Falta de lugar para armazenamento;
  • Servem como abrigo a animais vetores de diversas doenças que atingem o homem;
  • Pela poluição dos solos e água. As substâncias componentes da maior parte do lixo são tóxicas e, constantemente, passam da superfície para o subsolo, onde vão contaminar as águas e o solo.
Das mais de oitenta mil toneladas de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, apenas a metade é coletada. Esse lixo contém de setenta a oitenta por cento de matéria orgânica em decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos epidêmicos.

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE LIXO:

  • Lixo seco: engloba os resíduos compostos por papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, isopor, parafina, cerâmicas, porcelanas, espumas, cortiças e etc.
  • Lixo molhado: engloba os resíduos composto por restos de comida, alimentos estragados, cascas e bagaços de vegetais, etc.
  • Lixo orgânico: engloba os resíduos composto por toda matéria orgânica descartada, como os restos de alimentos, borra de café, folhas e galhos de árvores, pêlos de animais, cabelo humano, papel, madeira, tecidos, etc.
  • Lixo inorgânico: resíduos compostos por matéria inorgânica como os metais e os materiais sintéticos.

    Porém, existe também uma classificação mais detalhada do lixo quanto a sua tipologia.
  • Lixo urbano (que é subdividido em):
    • Domiciliar: aquele produzido nos bairros residenciais. Compõem-se principalmente de materiais orgânicos, como restos de alimento, e o restante de materiais recicláveis, como latas de alumínio, plástico, papel, vidro e uma grande diversidade outros itens. Além de alguns resíduos que podem ser tóxicos.
    • Comercial: varia de acordo com a atividade desenvolvida no estabelecimento de origem. Nos escritórios, o lixo gerado predominantemente é o papel, enquanto que em bares, restaurantes, lanchonetes, supermercados, feiras e hotéis, o lixo orgânico predomina.
    • Público: é o resíduo originado das atividades de limpeza pública urbana, incluindo-se todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza da praias, galerias, córregos, terrenos e áreas de feiras livres. É composto por papéis, terra, restos de vegetais diversos, embalagens e outros materiais.
    • Lixo agrícola: é o resíduo resultante das atividades agrícolas. É composto, basicamente, de embalagens de adubos, defensivos agrícolas, estrume, restos de ração e colheita. Resíduos como as embalagens de defensivos agrícolas, o estrume produzido em atividades de criação intensiva, merecem um tratamento adequado.
    • Lixo especial: pelo fato de apresentar características especiais, passa a merecer uma atenção diferenciada no seu acondicionamento, transporte, manipulação e disposição.
    • Lixo industrial: composto pelos resíduos sólidos produzidos nos processos industriais. Pode ser de natureza idêntica aos resíduos domiciliar (só que produzidos em larga escala), ou subprodutos que servirão de matéria prima para outros processos industriais. Os que oferecem qualquer risco ao meio ambiente e à saúde da população assim como os resultantes do tratamento dos efluentes dos resíduos, liquido e gasoso, merecem tratamento especial.
    • Lixo hospitalar: proveniente dos hospitais, centros cirúrgicos, ambulatórios, postos médicos, consultórios, clínicas, farmácias e laboratórios. Constituído por materiais perfuro-cortantes (agulhas descartáveis, lâminas de bisturi), contaminados com sangue e secreções, meios de cultura e restos cirúrgicos. É muito perigoso e pode transmitir doenças facilmente. Deve ser esterilizado e depositado em valas sépticas de aterros sanitários ou incinerado.
    • Lixo radioativo: formado por rejeitos radioativos provenientes dos serviços de saúde e das atividades industriais. É matéria regida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.
    • Lixo verde: proveniente de podas e cortes de árvores, limpeza de praças, bosques e da capinação de terrenos. São galhos, troncos e folhas. Pode ser triturado e utilizado na produção de composto orgânico, utilizado na adubação e produção de mudas em viveiros ou até mesmo em hortas comunitárias.
    • Entulhos: resíduos da construções civil. Composto por materiais de demolições, solos de escavações diversas, tijolos, telhas, restos de cimento, concreto e outros materiais. É geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento, mas pode conter uma vasta gama de materiais que lhe conferem toxicidade, como os restos de tintas e de solventes, peças de amianto e metais diversos. É utilizado inadequadamente para tapar buracos e erosões, mas pode ser reciclado em usinas especiais que trituram o material e produzem um tipo de solo-cimento usado na fabricação de casas populares. O lixo proveniente de portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários também merecem cuidados especiais (medida de controle e prevenção contra a introdução de agentes causadores de doenças ou epidemias).
Soluções

As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo são os centros de triagem, as usinas de reciclagem, usinas de compostagem, a incineração e a deposição em aterros. Porém, algumas delas, como a incineração e os aterros sanitários, têm efeito poluidor emitindo fumaça ou produzindo fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água.

Atualmente, por causa da falta de locais para a deposição adequada do lixo têm-se falado muito na reciclagem, uma forma de reaproveitar estes resíduos, economizando MATÉRIA PRIMA, ENERGIA, TRANSPORTE e gerando EMPREGOS nestas atividades.

É importante lembrar a filosofia dos 3 R's -reduzir, ,reutilizar e reciclar-, fortalecendo a idéia de que a reciclagem se encontra em terceiro lugar na lista dos comportamentos relativos ao problema do lixo.

A reciclagem implica em um prolongamento da utilidade dos recursos naturais, reduzindo assim, o volume do lixo. Entretanto, reduzindo e reutilizando se evitará que maior quantidade de produtos se transformem em lixo.

A produção do lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista que tende a acabar com o desperdício, o consumismo e investir no máximo reaproveitamento dos resíduos.
Fonte: http://www.pampulhalimpa.org/

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